Annie costumava amá-lo e amor era pouco comparado ao brilho do seu olhar quando se encontrava com o olhar do jovem Frankie. Era um brilho tão intenso que era capaz de clariar a maior das escuridões, no plano dos sentimentos. Frankie também a amava, de um jeito estranho e errado, mas a amava e isso não podia de forma alguma ser questionado. Infelizmente, não posso continuar idealizando essa história de amor, porque amor nunca foi suficiente para sustentar um relacionamento. De fato, o amor é fundamental, mas é preciso que haja também cumplicidade, faltava responsabilidade. Quantas noites a jovem garota já não passara acordada esperando notícias do rapaz amado? São incontáveis. Quantas vezes a garota já não exigiu que o jovem fosse aquilo que ele não era? Confesso que muitas. E nesse vai e vem de atritos, o cordão foi se rompendo. Uma hora essa estória de amor teria fim, infelizmente. Tantas coisas perdidas, tantos sonhos, tantos projetos, mas a vida teria que continuar. Hoje não existe mais brilho naquele olhar de rapaz encantado, ou borboletas no estômago daquela garota apaixonada, simplesmente porque os rumos escolhidos foram diferentes. O mais irônico dessa estória toda, é que não há um sem o outro, mas eles não enxergam isso, preferem andar por ai, evitando se encontrar, mas rezando pra que se encontrem. Esperança tenho eu, que haverá um dia que perceberão, que foram feitos um para o outro, e nesse dia aquela chama se reacenderá para provar que o amor é capaz de superar tudo, e que o que faltou a eles em todo esse tempo não foi sentimento e sim a sabedoria de saber administrá-los.
Rayane Silva.
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